Lutando as Batalhas Erradas Contra os Inimigos Errados

A diferença entre lutas espirituais e conflitos carnais

Vivemos em tempos de intensa guerra espiritual. No entanto, muitos de nós, cristãos, estamos lutando as batalhas erradas, contra os inimigos errados. Em vez de discernirmos os ataques espirituais que enfrentamos, nos distraímos brigando com pessoas, reagindo com a carne e nos afastando da verdadeira estratégia divina.

Em 2 Crônicas 20:9, o povo de Deus se volta ao Senhor diante da ameaça:
“Se algum mal nos sobrevier… clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.”
Esse versículo nos lembra onde deve estar nosso foco: não no medo, não nos inimigos visíveis, mas em Deus.

Como as guerras humanas funcionam

Na Grécia antiga, os soldados formavam uma falange: ombro a ombro, segurando escudos, empurrando juntos. O objetivo não era exterminar o inimigo, mas mostrar superioridade. No entanto, muitos morriam pisoteados pelos próprios companheiros. Infelizmente, essa imagem lembra o que acontece na Igreja hoje. Estamos empurrando uns aos outros, ferindo nossos próprios soldados em vez de nos protegermos.

Lutando entre nós

Estamos lutando as batalhas erradas, contra os inimigos errados. Em vez de combatermos o pecado, o orgulho ou o desânimo, estamos discutindo com nossos pais, cônjuges ou líderes. Esquecemos que nossa luta verdadeira não é contra a carne e o sangue.

Veja o que diz Efésios 6:12:

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados… contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.”

Enquanto insistirmos em batalhas emocionais, relacionais ou pessoais, ignoramos as estratégias do inimigo real. Perdemos força, unidade e foco espiritual. O diabo é astuto, e sua tática é desviar nossa atenção para que usemos nossa energia em conflitos que não têm valor eterno.

Como Deus nos ensina a lutar

Na batalha de Jericó, Deus ordenou ao povo que marchasse, tocasse trombetas e gritasse. Parece loucura, mas os muros caíram. Isso nos mostra que Deus tem formas próprias de agir, que muitas vezes não fazem sentido humano, mas resultam em vitória certa.

Assim também em nossas batalhas: nem sempre a solução será natural ou lógica. Muitas vezes, Deus nos chama a calar quando queremos responder, a amar quando queremos confrontar, a orar quando desejamos agir.

A guerra de Josafá: um modelo espiritual

O rei Josafá enfrentou um grande exército inimigo, mas não usou armas comuns. Ele:

  1. Temeu e buscou a Deus com jejum (2 Crônicas 20:3-4)

  2. Exerceu fé, orando com confiança (v. 5-12)

  3. Unificou o povo em oração e adoração (v. 13)

  4. Recebeu uma palavra profética (v. 14-17)

  5. Adorou antes mesmo da vitória (v. 18-22)

Josafá nos ensina que a batalha não é nossa. A vitória pertence ao Senhor. A estratégia dele foi confiar, adorar e obedecer, e assim Deus agiu poderosamente.

Batalhas certas, estratégias corretas

Para vencer, precisamos parar de lutar contra os inimigos errados. Em vez disso, devemos:

  • Orar mais e murmurar menos

  • Adorar em meio à dor

  • Buscar unidade, mesmo em meio às diferenças

  • Resistir ao diabo, não às pessoas

  • Confiar que Deus peleja por nós

Lutando as batalhas erradas, contra os inimigos errados, desperdiçamos energia. A Bíblia nos mostra que a nossa guerra é espiritual, travada com oração, jejum, fé e obediência. Quando lutamos no campo correto, o céu luta por nós.

Identificando o verdadeiro inimigo

Quem é o verdadeiro inimigo? Não é seu chefe, seu cônjuge, seu pastor ou vizinho. O verdadeiro inimigo é invisível, trabalha nas sombras, tentando semear confusão, divisão, ressentimento e incredulidade.

Satanás quer nos ver lutando as batalhas erradas, contra os inimigos errados para nos enfraquecer e nos distrair. Mas, quando identificamos isso, ganhamos clareza e autoridade espiritual. Sabemos contra quem guerrear e como guerrear.

Conclusão: Volte seus olhos para Deus

Lutando as batalhas erradas, contra os inimigos errados, nos esgotamos. Mas quando buscamos ao Senhor como Josafá, Ele nos dá direção, paz e vitória. Que possamos realinhar nosso foco, ouvir a voz de Deus e guerrear com armas espirituais, revestidos com a armadura d’Ele.

Não se deixe distrair por provocações humanas. Reaja em oração, não em ira. Enxergue o que está por trás das situações e clame por discernimento. Porque a verdadeira vitória vem quando lutamos do jeito certo — com fé, humildade e total dependência do Senhor.

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