Texto base: Hebreus 5:13-14
“Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.” (Hebreus 5:13-14)
Introdução
Assim como as crianças enfrentam dificuldades emocionais ao entrar na escola pela primeira vez, muitos cristãos também enfrentam desafios ao iniciar sua caminhada na fé. O temor do desconhecido, o medo de falhar ou de se sentir rejeitado, pode ser um obstáculo para o crescimento espiritual. No entanto, as mudanças e dificuldades que surgem em nossa jornada são oportunidades para crescimento e amadurecimento na fé.
A maturidade cristã, assim como em qualquer outro aspecto da vida, exige tempo, prática e, principalmente, um compromisso contínuo com Deus e com os ensinamentos de Sua Palavra.
1. Não Estamos Prontos para Mudanças
A palavra de Deus nos chama a crescer espiritualmente, a nos alimentarmos de alimento sólido e a buscarmos discernir a justiça divina. Como cristãos, precisamos entender que, assim como uma criança precisa de leite para crescer, nós também começamos com ensinamentos básicos. No entanto, com o tempo, devemos evoluir para a compreensão de ensinamentos mais profundos que nos permitam discernir o bem do mal.
“De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido!” (Hebreus 5:12)
Muitas vezes, somos como meninos na fé: necessitamos de orientação, mas é necessário que estejamos prontos para agir como mestres da Palavra da justiça. Deus deseja que crescemos em maturidade, para que possamos tomar decisões mais sábias e agir conforme os Seus princípios.
2. Como a Maturidade Cristã nos Ensina a Discernir o Bem e o Mal
O “leite” representa os rudimentos da fé, enquanto o “alimento sólido” é para aqueles que amadurecem espiritualmente e se tornam capazes de discernir a verdade espiritual. A Bíblia nos ensina que precisamos ser capazes de diferenciar o que é luz do que é trevas, o que vem de Deus do que vem do maligno.
“Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.” (Hebreus 5:13-14)
É essencial que desenvolvamos esse discernimento, para que possamos romper com as trevas e viver plenamente em Cristo.
João 10:9-10 nos alerta:
“Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.”
Como cristãos, devemos estar atentos à porta que escolhemos abrir. A vida abundante que Jesus promete só será nossa se abrirmos a porta para Ele e não para o inimigo. O discernimento espiritual é a chave para sabermos se estamos caminhando conforme a vontade de Deus ou se estamos sendo influenciados pelas trevas.
3. A Importância do Discernimento Espiritual na Maturidade Cristã
Para viver uma vida abundante em Cristo, é fundamental que, além de aceitar a salvação, haja um arrependimento sincero e a confissão dos nossos pecados. A confissão é um ato poderoso que fecha as brechas espirituais e nos purifica. Para isso o Discernimento de espíritos nos ajuda (veja estudos sobre)
“Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:8-9)
Não podemos ignorar as brechas que o pecado abre em nossa vida. Somente quando trazemos nossos pecados à luz, podemos realmente experimentar a transformação e a renovação que Deus deseja para nós. O perdão de Deus é certo, mas a confissão é necessária para que possamos ser curados e restaurados.
“A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados.” (Tiago 5:15-16)
A oração de um justo tem grande poder e eficácia. Por isso, devemos ser cautelosos ao escolher a quem confessar nossos pecados, buscando sempre alguém de confiança que nos ajude na restauração espiritual.
4. O Poder da Palavra e a Autoridade que Cristo nos Deu
Jesus nos deu autoridade sobre o inimigo. Ao resistirmos ao diabo e às tentações, podemos vencer as adversidades da vida espiritual. Em Mateus 4:1-10, vemos que Jesus enfrentou as tentações de Satanás com a Palavra de Deus. Ele nos ensina que a Palavra tem poder para expulsar o maligno e trazer a vitória.
“Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano.” (Lucas 10:19)
Devemos usar essa autoridade, resistindo ao inimigo e permanecendo firmes na fé, confiantes de que Deus nos restaurará e nos confirmará sobre firmes alicerces.
“O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé.” (1 Pedro 5:8-9)
5. Como Alcançar a Maturidade Cristã e Viver uma Vida Abundante em Cristo
Deus nos deu autoridade sobre a terra, mas também a responsabilidade de dominar sobre as forças espirituais. Assim como em Gênesis 1:28, Ele nos abençoou e nos deu domínio sobre a terra. Porém, no aspecto espiritual, somos nós quem decidimos abrir as portas para a luz ou para as trevas. Jesus já fez a obra na cruz, mas somos nós quem devemos expulsar o inimigo de nossa vida.
“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.” (Apocalipse 3:20)
Assim, precisamos tomar decisões conscientes sobre as portas que escolhemos abrir em nossas vidas. O domínio espiritual é nosso, e a escolha de viver em luz ou em trevas depende de nós.
Conclusão: Crescendo em Maturidade Cristã
A maturidade cristã é um processo contínuo de aprendizado e discernimento. À medida que crescemos na fé, deixamos de ser como crianças que se alimentam de leite e passamos a nos alimentar do alimento sólido da Palavra de Deus. Para viver uma vida abundante, devemos discernir o bem do mal, confessar nossos pecados e usar a autoridade que Cristo nos deu para resistir ao inimigo.
Nosso chamado é para ser exemplos de Cristo neste mundo, não apenas em palavras, mas em ações. Que possamos crescer em maturidade espiritual e ser agentes de transformação, vivendo plenamente a vida abundante que Jesus conquistou para nós na cruz.
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